domingo, 28 de março de 2010

Crianças também podem sofrer AVC

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo fez um alerta, nesta quarta-feira (17), para o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em crianças. Apesar de ser um problema que acomete, na maior parte dos casos, pessoas adultas, há risco também para os pequenos. Em 2008, foram registrados 266 casos, com 28 óbitos e, em 2009, foram 177, entre crianças até 14 anos de idade.

O AVC ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo para determinada área do cérebro, provocando um infarto ou hemorragia. Em 90% dos casos algum membro do corpo pára de funcionar. Os sintomas mais frequentes são: diminuição da força muscular, que pode ser localizada ou generalizada, perda da consciência, defeito no campo visual, dificuldade na fala, dor de cabeça, convulsão, entre outros.


Segundo o neuropediatra do Hospital Infantil Darcy Vargas, Paulo Breinis, não existe prevenção para o AVC na população infantil. Algumas crianças fazem parte de grupo de risco, como portadores de anemia falciforme, cardiopatias congênita, hipercolesterolêmia e diabetes.


Existem dois tipos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico. O isquêmico é mais comum, em que há uma interrupção da passagem do fluxo sanguíneo para uma determinada área do cérebro. E o hemorrágico, geralmente o mais grave, é o que se conhece como derrame: além da obstrução, existe vazamento de sangue. As sequelas podem ser reversíveis, como num AVC isquêmico pequeno ou podem deixar consequências neurológicas importantes. O tratamento é baseado na reabilitação multidisciplinar com fisioterapia, psicologia e outros tratamentos.


Fonte: Expresso MT

sexta-feira, 26 de março de 2010

Leitura melhora a função cerebral de estudantes

Crianças com dificuldades de leitura e que passaram por um treino intensivo de seis meses mostraram que, além da habilidade de leitura também aumentaram a conectividade de uma determinada região do cérebro, o que proporcionou uma melhora cognitiva, diz estudo do Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH), EUA.

“Nós sabíamos que o treino comportamental podia melhorar as funções cerebrais”, diz Thomas Insel, do NIMH. “Mas o grande achado foi detectar as mudanças nos padrões de conectividade cerebral com o treino. Essa descoberta a partir de pacientes com déficits de leitura sugere que é possível tentar novas estratégias no tratamento de alguns transtornos mentais, que afetam circuitos neurais específicos.”

O estudo, publicado no periódico Neuron, foi conduzido por Marcel Just da Universidade de Carnegie Mellon, com crianças na faixa dos 8 anos de idade. A pesquisa partiu de quatro métodos diferentes com aulas de reforço de leitura. O foco dessas aulas eram aumentar a habilidade dos participantes de interpretar palavras pouco familiares. As aulas foram dadas 5 dias por semana durante 6 meses, com média de 50 minutos de duração (100 horas no total). Os resultados positivos foram observados nos participantes de todos os grupos e, portanto, unificados no resultado final.

Os participantes também tiveram suas funções neurais monitoradas através de tecnologias que avaliavam a atividade cerebral por imagens. No início do estudo, as crianças com dificuldades de leitura mostravam uma pior qualidade no fluxo de informação através da região do cérebro denominada centro semi-oval anterior esquerdo.

Após os seis meses do experimento, com o treino intensivo de leitura, os indivíduos com dificuldade mostraram melhoras significativas nessa área, além de compreender melhor os textos que liam. O grupo de controle, que não havia tomado parte das aulas de reforço, não mostrou nenhuma diferença, o que descartou a possibilidade de maturação natural do cérebro.

Entretanto a associação entre leitura e mudanças na plasticidade cerebral ainda não estão claras, ou seja, se o processo de melhora, através de treino, de decodificação das palavras causa a mudança nas conexões neurais ou se a mudança na estrutura cerebral é responsável por uma melhora na interpretação de texto. De qualquer forma a leitura parece exercer uma influência positiva no cérebro.

“Nossos achados enfatizam os lados positivos de treinos comportamentais que aumentem a habilidade de leitura, mas isso pode levar a novos tratamentos de outras condições e transtornos mentais que estejam relacionados com a conectividade cerebral, como o autismo”, pontua Just.

Fonte: Diário do Noroeste

quarta-feira, 24 de março de 2010

COFFITO assina termo de colaboração com o MEC

Conselhos federais vão participar da autorização e reconhecimento dos cursos de graduação

A solenidade de assinatura do termo de colaboração aconteceu hoje, às 10h, no auditório do Ministério da Educação, e contou com a presença do diretor de regulação e supervisão da Secretaria de Educação Superior, Paulo Wollinger; e dos representantes dos conselhos federais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), Biblioteconomia, enfermagem, odontologia e fonoaudiologia. O convênio prevê a participação das entidades de representação profissional nos processos de autorização e reconhecimento dos cursos de graduação.

A partir do acordo de colaboração, os conselhos passam a funcionar como órgãos consultivos e poderão manifestar-se sobre a criação de novos cursos e o reconhecimento dos cursos já autorizados. O parecer dos conselhos será feito pelo sistema E-MEC – cadastro do Ministério da Educação com os cursos e instituições de ensino superior existentes no Brasil –, por meio de um relatório de avaliação que irá analisar a pertinência, relevância e inovação da oferta do curso. O relatório será levado em consideração para a aprovação final de regulação, junto com a avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP).

O presidente do Coffito, Roberto Cepeda, ressaltou a importância da parceria. “Com a assinatura desse convênio, vamos colaborar para a garantia da qualidade dos cursos e dos profissionais. Quem vai colher os frutos dessa parceria é a população brasileira, que terá uma assistência melhor em saúde”, diz.

Segundo Paulo Wollinger, a assinatura desse convênio vai contribuir para o aperfeiçoamento da educação superior no Brasil. “São os conselhos que têm a noção das demandas da profissão em cada região no país, essas entidades possuem os dados de saturação do mercado de trabalho e vão, com certeza, fazer observações construtivas ao modelo de relatório que sugerimos”, afirma. A intenção do secretário é que esse primeiro modelo de relatório disponibilizado seja, gradativamente, personalizado para cada conselho.

“A qualidade em educação é sinônimo de trabalho, de progresso, de responsabilidade e de justiça social. Temos convicção que um profissional ético, com boa formação técnica e com responsabilidade social, fará mais pela saúde da população brasileira e pela sua própria profissão”, conclui o presidente do Coffito, Roberto Cepeda.

Com vai funcionar:

Hoje, às 14h, no anexo II do Ministério da Educação, na sala 401, haverá a capacitação dos representantes dos conselhos federais para o cadastramento e operacionalização no sistema E-MEC.

As instituições de ensino irão cadastrar no E-MEC informações sobre a entidade mantenedora, mantida, dados sobre o projeto pedagógico do curso, corpo docente e infraestrutura. Após esse processo, a coordenação geral de fluxos de projetos da secretaria de Educação Superior analisa e aprova ou não a continuidade do projeto. O documento é disponibilizado para o INEP e para os conselhos. Neste momento, representantes dos conselhos profissionais farão a avaliação que será encaminhada para o relatório final de regulação, que, se aprovado, segue para a publicação da portaria autorizativa.

Segundo Paulo Wollinger, a participação dos conselhos nesse processo terá duas funções sociais: Verificar a pertinência da existência do curso e a veracidade e legalidade do ato regulatório.


Fonte: www.coffito.org.br


terça-feira, 23 de março de 2010

UEPB pela vida!

Campanha para doação de medula óssea incentiva comunidade acadêmica da UEPB a participar

Centenas de alunos, professores e servidores da Universidade Estadual da Paraíba participaram, na manhã desta segunda-feira (22), da Campanha de Doação de Medula Óssea, promovida pelo Hemocentro de Campina Grande, em parceria com o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Durante todo o dia, uma unidade móvel do Hemocentro ficou instalada no Campus de Bodocongó, em Campina Grande, para fazer as coletas.

Até as 14h, mais de 200 pessoas haviam doado amostras de sangue para o Hemocentro, que neste ano utiliza o slogan “Não fique de fora, seja um doador: você é a única esperança de cura para muitos portadores de doenças do sangue”.

O procedimento para doação é muito simples: os interessados preenchem uma ficha cadastral e se submetem a coleta de cerca de 10 ml de sangue, que integrará o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e o Sistema Nacional de Transplantes.

Caso seja verificada a compatibilidade entre a medula do doador e a de um possível paciente no Brasil, o doador será consultado sobre a possibilidade de um transplante. O procedimento é realizado sob anestesia geral e, com uma agulha, apenas 10% da medula óssea é aspirada do osso da bacia. A recuperação é rápida e logo o doador pode retomar suas atividades normais.

Apoio familiar

Nos últimos meses, a Campanha por Medula Óssea, encabeçada pelo Hemocentro, tem contado com o apoio especial de um grupo familiar que possui todos os motivos para arregimentar o maior número de doadores. Desde que as irmãs Maria do Carmo e Rosa Maia descobriram a doença do irmão, Saulo Maia, reuniram um grupo de amigos e parentes para trabalhar como voluntários na iniciativa.

Em setembro de 2009, quando foi diagnosticada a leucemia, todos os familiares de Saulo Maia se submeteram aos testes de compatibilidade, mas nenhum foi positivo. Em busca de um doador em potencial, iniciaram a Campanha, que não servirá apenas para este caso específico, mas para o de inúmeras pessoas em todo o Brasil.

Para Maria do Carmo Maia, quando somos saudáveis, nós não dispomos, em geral, da consciência acerca da importância da doação de medula óssea. “Particularmente, eu não conhecia nada sobre isso. Só fui saber agora, que meu irmão ficou doente e precisamos encontrar um doador compatível”, disse.

Ela acrescentou que a coleta é simples, não causa danos à saúde e nenhum risco de vida. “Há uma dependência da boa vontade das pessoas e muitos não doam uma amostra de sangue por falta de esclarecimento. Vale a pena ser um doador porque, com isso, você alimenta a esperança de vida para alguém que está dependendo de você”, finalizou.

Nesta quarta-feira (24), a Campanha será efetuada na Caixa Econômica Federal (CEF), localizada na Av. Epitácio Pessoa, no Centro de Campina Grande.


Fonte: www.uepb.edu.br

terça-feira, 16 de março de 2010

De olho na Pós-graduação...

Cursar especialização sem graduação completa é ilegal

Verificando a incidência de acadêmicos inscritos em cursos de especialização antes mesmo de concluir a graduação, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – Coffito esclarece e alerta que efetuar matrícula em pós-graduação lato sensu sem diploma de curso de nível superior é ilegal.

Desde 2007, o Ministério da Educação – por meio do Conselho Nacional de Educação (CNE) - tem decisão firmada referente a essa ilegalidade. O Parecer CNE/CES 02/2007 expõe o posicionamento unânime da Câmara de Educação Superior repudiando tal prática.

Ministério da Educação
Conselho Nacional de Educação

Consulta sobre a expedição de certificado de especialista a alunos de pós-graduação lato sensu com curso de nível superior não concluído.

I – RELATÓRIO

O Senhor Doutor Promotor de Justiça Curador dos Direitos à Educação e Saúde da Comarca de Aracaju/SE, Dr. Augusto César Leite de Resende, consulta a este Conselho se, Ante o disposto no art. 6º, § 2º, da Resolução CNE/CES nº 01, de 3 de abril de 2001, é possível a expedição de certificado de especialista a aluno que, no ato da matrícula em curso de pós-graduação lato sensu, ainda não concluiu o curso de nível superior, mas o finaliza antes da conclusão do curso de pós-graduação lato sensu?

Mérito

A Resolução CNE/CES nº 1, de 3 de abril de 2001, configurada para normatizar o funcionamento dos cursos de pós-graduação no país, estabelece em seu art. 6º, § 2º, que:Os cursos de pós-graduação lato sensu são oferecidos para portadores de diploma de curso superior. (grifo nosso) O texto é claro e objetivo e não permite qualquer desvio hermenêutico de seu sentido. Portanto, passo ao voto.

A não observação dessa premissa, com o devido rigor, criaria tantas situações conflituosas ou mesmo distorções, que não permite excepcionalidade.

II – VOTO DO RELATOR
Responda-se ao Interessado que a matrícula em curso de pós-graduação lato sensu de estudante não portador de diploma de nível superior se constitui numa ilegalidade, vedando-lhe, em conseqüência, o direito ao certificado correspondente.

III – DECISÃO DA CÂMARA
A Câmara de Educação Superior aprova por unanimidade o voto do Relator.
Sala das Sessões, em 31 de janeiro de 2007.

Fonte: www.coffito.org.br

segunda-feira, 15 de março de 2010

Fisioterapia pode ajudar no tratamento de insônia e apneia

O sono é regulado por um grande número de neurotransmissores e hormônios que operam com objetivo de assegurar que o mesmo não seja perturbado por fatores externos.

O sono nos seres humanos é dividido usualmente em duas fases principais: sono de Movimento Rápido dos Olhos (REM), que é o sono profundo, onde ocorrem os sonhos e o sono não REM. Transtornos do sono como a insônia e a apneia do sono (parada respiratória), resultam em alterações importantes no sistema imunológico.

A apneia obstrutiva do sono é caracterizada por episódios repetidos de obstrução das vias aéreas de forma parcial ou completa que resultam em um sono fragmentado, sonolência excessiva e, frequentemente, uma alteração na respiração que pode ser uma respiração excessiva ou fraca. A apneia está associada a problemas cardiovasculares, como hipertensão arterial, arritmia cardíaca e síndromes metabólicas como, por exemplo, o diabetes. A obesidade também é outro fator desencadeante de apneia do sono.

O estresse é considerado como um dos grandes fatores desencadeantes de insônia. Muitos estudos vêm sendo realizados para avaliar o impacto do sono inadequado sobre a qualidade de vida, a morbidade (surgimento de doenças) e a mortalidade. Além do mais, sentimentos reprimidos podem causar uma ativação psicológica ou fisiológica tendo como resultado a insônia.

A qualidade do sono está associada a diversos fatores, como o estresse, o colchão utilizado e a postura correta na cama, que não só contribui para uma boa noite de sono como também para a saúde da sua coluna. O colchão deve proporcionar um excelente suporte ao corpo, adaptando-se à sua forma. Quando comprar o colchão, você deve adquirir o produto conforme o seu biotipo. Dormir bem é fundamental para a saúde do corpo e da mente.

Um bom programa de fisioterapia baseado na avaliação do nível de estresse e atividades de vida diária pode ser uma solução para quem apresenta uma má qualidade do sono, insônia ou apneia do sono.


Fonte: Vyaestelar

quarta-feira, 10 de março de 2010

Vitória para Fisioterapia

O Diário Oficial da União publicou, no dia 25 de fevereiro, a nova redação para as normas técnicas de unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A vitória, comemorada por todos os fisioterapeutas, foi uma conquista da Sociedade Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR), em parceria com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO).

A resolução dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva de várias áreas, dentre elas a da Fisioterapia. A partir desta resolução será obrigatório, na UTI, a presença de um coordenador da área de fisioterapia com especialização em terapia intensiva ou em outra especialidade relacionada à assistência ao paciente grave, de acordo com a modalidade de atuação (adulto, pediátrica ou neonatal). A resolução também estipula o número mínimo de um fisioterapeuta para cada 10 leitos nos turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação.

O presidente do Coffito, Roberto Cepeda, ressalta a importância dessa conquista. “Com essa resolução o sistema de saúde diminuirá o tempo de internamento dos pacientes em UTIs, reduzindo o custo dispensado com saúde e valorizando os profissionais, além de oferecer cada vez mais qualidade no atendimento a população.”, afirma Cepeda

Segundo a doutora Sara Menezes, diretora presidente da ASSOBRAFIR, essa vitória é um reconhecimento da competência e respeitabilidade da profissão, visto que a presença de um coordenador especialista nas UTIs irá propiciar a atuação da fisioterapia baseada em indicadores de qualidade e protocolos baseados em evidência científica, aliados a conhecimentos de gestão. “Todas essas estratégias irão proporcionar as estatísticas e evidências necessárias para vitórias futuras”, afirma Menezes
Roberto Cepeda aproveita a oportunidade para parabenizar a ANVISA por ter atendido esse pleito, que é de suma importância para a população e de extrema necessidade para a categoria.
Contexto histórico:

No dia 1º de julho de 2009, em Brasília, a ASSOBRAFIR juntamente com outras associações, participou da solenidade de assinatura de convênio com o COFFITO, para formatação de novos parâmetros e critérios para formação do especialista. No mesmo mês, o Conselho convidou a ASSOBRAFIR, para, juntos, discutir o novo regulamento técnico que estabelece os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), que foi elaborado pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

No dia 30 de julho de 2009, reuniram-se no prédio da ANVISA representantes do COFFITO, AFB e ASSOBRAFIR para iniciar discussões sobre a participação do profissional fisioterapeuta na nova resolução sobre os requisitos mínimos pra funcionamento das UTIs. Após essa reunião, a ASSOBRAFIR elaborou o documento, que foi chancelado por todas as associações envolvidas, no qual justificava suas solicitações a partir de evidências científicas e enviou a ANVISA.

Este é apenas um pequeno, porém, valoroso e definitivo passo no longo caminho do reconhecimento das especialidades. Juntos, COFFITO e associações científicas irão construir uma Fisioterapia cada vez mais forte e respeitada.

Fonte: www.coffito.org.br/publicacoes