As varizes não só provocam inibição e vergonha - se configurando como sério problema estético - como também são prenúncio de doenças graves incapacitantes, segundo especialistas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. A condição, que afeta 35% dos brasileiros, aparece em 14º lugar, no Ministério da Saúde, como causa de aposentadorias por invalidez.
De acordo com os especialistas, dois terços das mulheres e um terço dos homens apresentam veias dilatadas nos membros inferiores - muitas vezes, por hereditariedade. E, sob determinadas condições - como alterações hormonais, ciclos menstruais, gestações, anticoncepcionais, menopausa, sedentarismo, além de flebites e traumatismos - essas veias mal formadas se tornam enfermas, originando as varizes. "Ao contrário do que se pensa, sol, salto alto, depilação, corrida, musculação ou outros exercícios, alimentação, fumo, cruzar as pernas têm muito pouca influência no problema", ressaltam os especialistas. Em 70% dos casos, a anomalia aparece antes dos 30 anos.
Dor, cansaço e sensação de peso nas pernas são os sintomas mais frequentes, mas as varizes também podem gerar inchaços, ardência, câimbras e outras indicações de enfermidades mais sérias como úlcera varicosa. Uma grave consequência é a trombose venosa profunda, caracterizada pela formação de um coágulo sanguíneo (trombo) numa veia profunda da perna. O trombo pode se deslocar até o pulmão originando a potencialmente fatal embolia pulmonar.
Prevenção
Os cirurgiões vasculares advertem que há fatores de risco, como hereditariedade e idade avançada, sobre os quais as pessoas não podem agir, mas lembram que todos podem e devem evitar os perigos modificáveis. "É preciso adotar um estilo de vida mais saudável. Praticar exercícios físicos regularmente, não fumar, controlar a pressão arterial e ter uma boa alimentação são algumas das recomendações", ressaltam os especialistas.
Fonte: http://boasaude.uol.com.br
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