De todos os animais, o cavalo é quem tem o número e distância do passo e deslocamento de anca mais parecido ao do homem. Este passo provoca dissociações dos quadris e ombros, rotação e movimentos em quem está montado.
A prática sobre o cavalo oferece benefícios diretos,como melhora na coordenação motora, melhora na consciência corporal, estruturação espacial e orientação temporal, equilíbrio, flexibilidade muscular, respiração e circulação, melhora a comunicação, memória, atenção, concentração, criatividade e improvisação.
"As sessões devem ter cerca de 30 minutos, nelas o paciente montado recebe de 1.800 a 2.200 ajustes tônicos", revela Dione. Silvia Mara, 26 anos, tem deficiência mental leve e transtorno bipolar, na equoterapia viu uma opção para sua recuperação. Hoje ela trabalha como atendente de uma biblioteca e fala fluente inglês e italiano. "A equoterapia ajudou minha recuperação", afirmou Silvia.
O pequeno Marcelo, 4 anos, tem sequela de paralisia cerebral, e o trabalho com o cavalo proporcionou melhora na sua coordenação, força e direção de movimentos. Dione lembra que para a realização da equoterapia é necessária uma avaliação médica; e são utilizados materiais específicos e os cavalos são apropriados para essa prática. Ela também explica que a equoterapia não substitui nenhuma outra terapia, mas sim acrescenta.
História
A utilização do cavalo na área de sude é tão antiga quanto a própria história da medicina. Sua origem data da antiga Grécia, onde Hipocrates refere-se a equitação como fator regenerador da saúde em seu livro "Das dietas". A 1ª guerra foi um fator que contribuiu para o desenvolvimento da equoterapia. Muitos soldados, acometidos com a guerra, foram motivados em sua reabilitação com esse tratamento. A equoterapia foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina em 9 de Abril de 1997, sendo incorporada ao arsenal de métodos e técnicas direcionadas aos programas de reabilitação de pessoas com necessidades especiais.
Áreas de aplicação da equoterapia
São diversas aplicações terapêuticas desta modalidade. As principais são as seguintes:
Hipoterapia: É a reabilitação de pessoas portadoras de deficiência física e/ou mental que não têm independência para se manter no cavalo sem ajuda.
Reeducação eqüestre: Com fins pedagógicos, utilizada na área educativa, indicada em distúrbios de aprendizagem, linguagem, déficit de atenção, hiperatividade, etc.
Pré-esportiva e esportiva: É um trabalho direcionado para atendimentos em grupos individuais, como objetivo de inserção na sociedade, através da equitação. O passo, trote e galope contribuem na organização espacial, equilíbrio, lateralização, concentração e coordenação motora grossa ou fina.
Fonte: Jornal Agora Paraná
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